quarta-feira, 28 de outubro de 2009

viver a vida

Confesso que sou um tanto quanto noveleira.

Gosto de acompanhar, não de forma ferrenha, daquelas que não perdem um capítulo, ou que deixam de fazer outros programas só pra não perder a novela. Devido aos meus horários e até pelas temáticas, sigo a das oito (que na verdade é das nove).

Algumas simplesmente me distraem, me permitem um certo desligamento momentâneo de mim mesma. Pequeninos momentos de folga.

Mas sou fã mesmo das novelas do Manuel Carlos. Simples, retratam a vida real.

São absolutamente factíveis, verossímeis. Seus dramas e personagens são construídos a partir de histórias que chegam aos seus ouvidos, ganhando dimensão e enredo.

Nessas eu me identifico, reconheço traços de pessoas amigas, de histórias que conheci. Elas plantam inúmeras sementes a serem germinadas, vai depender do solo que encontram e da qualidade das regadas.

Porque como tudo, podemos assisti-las nos atendo apenas a superfície, observando as roupas e tendências de moda, de decoração, criticando atores das quais não gostamos, achando tudo muito chato já que é tão real quanto as nossas vidas.

Ou podemos aprofundar o olhar e perceber todo um universo de significados, de um autor maduro e sensível.

Talentoso artista que revela com as tintas da emoção o desabrochar demasiadamente humano de todos nós.

Que capta no cotidiano da vida seu verdadeiro encanto.

Proust já dizia: "A verdadeira origem da descoberta consiste não em procurar novas paisagens, mas em ter novos olhos".


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"Coração mistura amores. Tudo cabe."