
domingo, 23 de maio de 2010
Alegria ( Fernanda de Castro )

sexta-feira, 14 de maio de 2010
Ao maestro...lágrimas elevando a alma

sábado, 24 de abril de 2010
Lembranças
As lembranças das quais me recordo são absurdamente pequenas em número, considerando os tantos anos já vividos. Desconfio que deve existir uma falha qualquer nos neurônios que compõem minha memória e muitas vezes fico receosa que aquela doença tão sofrida, a que apelidaram “o alemão”, como se ironizando a tornasse menos assustadora, venha a me alcançar algum dia.
Outras tantas vezes imagino que talvez a minha mente só permita o acesso às coisas realmente importantes da minha vida, cuja intensidade da emoção, quase sempre agradável, criou uma marca indelevelmente doce em minha alma. Posssivelmente, seja exigente e seletiva, pois no que se refere ao exercício do meu trabalho, ela tantas vezes me surpreenda, e aos meus pacientes, com riqueza de detalhes, mesmo tendo passado meses ou até anos que tenha sido relatada.
Talvez porque a saudade esteja tão presente minha memória fez uma viagem de 23 anos. Era hora de almoço, e ao abaixar-me para servir a ração a minha cachorra, senti escorrer pelas pernas um líquido quente e volumoso. Havia estourado a bolsa, isso rapidamente eu entendi, embora fosse a minha primeira gravidez. Muito calmamente comuniquei a minha mãe, que por “coincidência” estava
As contrações foram surgindo e gradativamente aumentando. Eu apertava a mão do meu marido a cada início e fim, e ele ia registrando o tempo de duração e os intervalos entre elas. Até que a dor tornou-se imensa e senti claramente os pezinhos de minha filha empurrando as minhas costelas, num enorme esforço para nascer. Disse ao pai que chamasse a enfermeira pois estava nascendo, ao que ele tentou me acalmar dizendo que era assim mesmo e tínhamos que esperar. Virei leoa. Chama porque vai nascer agora. Eu sentia uma vontade instintivamente forte de fazer força. O médico chegou, olhou e disse: Já está nascendo! Foi uma correria pra me levar ao centro cirúrgico, e cinco minutos depois de chegar, e finalmente poder fazer a força que todo o meu ser exigia, ouvi o choro da chegada ao mundo da minha filha. Quando colocada sobre meu peito, falei: Nathalia, tá tudo bem, a mamãe está aqui. Ela parou de chorar e virou o rostinho em minha direção. Meus olhos encheram-se de lágrimas, exatamente como acontece agora.
A emoção é novamente revivida e ressignificada, 23 anos depois...Essa determinação de quem agarra a vida firmemente com as próprias mãos, é uma de suas qualidades que mais admiro.
A vida toda eu contei essa história e ela sempre dizia: já sei mãe, você já contou um milhão de vezes.
Ainda contarei outro milhão, porque esta é uma das minhas mais profundas e ternas lembranças. Carrega todo o sentimento, de um amor infinito e incondicional, e do reconhecimento de ser mãe pela primeira vez.
Esse amor materno teceu uma rede que embala e acalenta minha existência...
domingo, 18 de abril de 2010
As prioridades

equilíbrio

A inspiração para escrever conjuga diversos fatores. Disponibilidade interna é o maior deles. Claro que o tempo nos consome em meio as exigencias cotidianas mas também acaba sendo o bode expiatório com o qual nos isentamos da culpa. Curioso que ao me dedicar mais as leituras e a ter sobre elas um novo olhar, acabei bloqueando alguns canais de espontaneidade com que simplesmente me debruçava sobre o prazer da escrita. Um maior nível de exigencia comigo mesma, com a qualidade do texto, com a clareza da articulação de idéias e palavras.
terça-feira, 6 de abril de 2010
Renovando a rotina
Quando me vi sozinha em casa, assim, todos os dias, levei muito tempo pra me acostumar. Era absurdamente estranho, o silêncio, as coisas exatamente como as havia deixado pela manhã. Ninguém pra conversar, pra dar bronca, pra comentar o dia, pra catar as roupas jogadas sobre a cama, pra esquentar a janta e levar na bandeja pra receber o beijo de "brigada mãe"... Foi muito estranho. E triste. Pra mim solidão era um castigo, dos mais terríveis. Realmente não acreditava em quem dizia que vivia feliz assim, que curtia sua própria companhia. Pra mim, era balela, defesa contra a própria dor. Talvez em muitos casos seja mesmo. O fato é que o tempo foi passando, o medo cedendo lugar a descoberta, o prazer de experimentar o silencio foi invadindo por entre as frestas, a possibilidade de livremente escutar o meu desejo a cada momento. Quero ouvir música bem alto as onze da noite. Quero deixar a louça pra amanhã. Quero ficar horas deitada na rede mergulhada no livro. Quero ligar pra minha amiga e jogar conversa fora até cansar. Quero simplesmente contemplar o mar, balançando suave na rede, acarinhando minha mimada companheira leal. Quero pensar em mim. Na paz que conquistei e da qual não abro mão... Quero descobrir todo dia que a escolha é minha e de mais ninguém. E que certa ou errada, feliz ou infeliz, sou a única responsável.
domingo, 4 de abril de 2010
renascer

Renascimento. Ressurreição.
quinta-feira, 1 de abril de 2010
alegre saudade

E lá estao eles vivendo esse momento único, colhendo os frutos...
Eu, fico aqui, entre a saudade e a alegria, com meu coraçao banhado de gratidao e ternura, e pedindo aos anjos que velem por eles em todos os seus passos pelo velho mundo.
domingo, 28 de março de 2010
alegria

terça-feira, 23 de março de 2010
O que nós queremos deles?

Cronica de Danuza Leão
Mas afinal, o que querem as mulheres de um homem? O que nós queremos? Em primeiro lugar, que ele nos ame muito; muito, mas não exageradamente. Que nos entenda, que nos ouça sempre com muita atenção, mesmo que não esteja muito interessado no que estamos falando (mas fingindo estar). Não, ele não precisa nos trazer flores; mas deve estar sempre nos procurando, fazendo um carinho no nosso ombro, pousando (apenas pousando) a mão na nossa coxa por debaixo da mesa ou quando estiver dirigindo o carro, coisa de quem se sabe dono absoluto do nosso coração (e do nosso corpo); só faz isso um homem seguro, que é o que todas queremos.
Por outro lado, é preciso que ele nos solicite muito, pergunte que gravata deve usar, se gostamos da água-de-colônia nova, que carro deve comprar, mesmo que acabe fazendo o que quer, sem dar a mínima para nossa opinião. Mas também é preciso que às vezes fique quieto, calado, para nos deixar bem inquietas, imaginando no que será que ele está pensando.
Mulher não pode nunca se sentir nem muito segura nem muito insegura: tem que ser no ponto certo. O ponto certo, essa é a questão. Para isso é preciso sensibilidade, coisa fundamental no homem que se ama. Sensibilidade para sentir quando estamos precisando de um carinho, de um amasso ou de ficar em silêncio. E ser capaz de, na hora de uma briga, dizer vem cá, sua boba”, e a gente se aninhar nos braços dele esquecendo de tudo que estava falando. Ah, como é bom um homem assim.
Não é preciso que ajude a lavar os pratos nem a arrumar a cozinha, essas bobagens a gente faz com o maior prazer quando ama. Mas a cada cinco minutos pode perguntar, enquanto assiste o futebol (sem tirar os olhos da TV), se ainda vai demorar muito essa arrumação, pedir para você levar uma cerveja e dizer “vem sentar do meu lado para ver o jogo”. Esse jogo não nos interessa nem um pouco, mas saber que ele precisa de nós num momento tão crucial é tudo de que precisamos para ser felizes. E quando o time dele fizer um gol e ele comemorar te abraçando e beijando muito, seja solidária e mostre-se tão feliz como se tivesse acabado de ganhar o mais lindo vestido da última coleção de Valentino. Não basta ser mulher: tem que participar.
A hora de ir para a cama é muito importante: mesmo que ele esteja estudando um processo ou lendo uma revista em quadrinhos, é fundamental que ponha a perna em cima da sua, para que você sinta que, aconteça o que acontecer, ele estará sempre ligado em você. E um homem que quer ser amado sobre todas as coisas não pode jamais, mas jamais, depois de apagar a luz do abajur, se virar de costas para dormir; isso é crime que nenhuma mulher perdoa.
E quando, já no escuro, ele faz um carinho na sua cabeça e se encaixa – não há mulher que resista a um homem que sabe se encaixar bem -, aí é que você sente a felicidade total e pensa que é aquele homem, aquele e nenhum outro, que pode fazê-la feliz. É só isso que queremos dos homens. Não é pedir muito, é?
domingo, 21 de março de 2010
sexta-feira, 19 de março de 2010
o que dizem nossas malas...

Ver o sofrimento de perto, tocar na ferida que não dói na nossa carne, mas que de alguma maneira pode nos humanizar.
quarta-feira, 17 de março de 2010
palavras

"Já que se há de escrever, que pelo menos não se esmaguem com palavras as entrelinhas". Clarice Lispector
segunda-feira, 15 de março de 2010
quero um amor assim
domingo, 14 de março de 2010
monólogo das mãos
sábado, 13 de março de 2010
caderno revelador

quarta-feira, 10 de março de 2010
caminho inverso

Tenho tentado aprender coisas novas, a linguagem tem sido uma delas.
terça-feira, 9 de março de 2010
nove

domingo, 7 de março de 2010
duvide do primeiro encontro
sábado, 6 de março de 2010
encarar o medo
Miedo
Composição: Pedro Guerra/Lenine/Robney Assis
Tienen miedo del amor y no saber amar
Tienen miedo de la sombra y miedo de la luz
Tienen miedo de pedir y miedo de callar
Miedo que da miedo del miedo que da
Tienen miedo de la noche y miedo del azul
Tienen miedo de escupir y miedo de aguantar
Miedo que da miedo del miedo que da
El miedo es una trampa que atrapó al amor
El miedo es la palanca que apagó la vida
El miedo es una grieta que agrandó el dolor
Tenho medo da vida e medo de morrer
Tenho medo de ficar e medo de escapulir
Medo que dá medo do medo que dá
Tenho medo de esperar e medo de partir
Tenho medo de correr e medo de cair
Medo que dá medo do medo que dá
O medo é uma casa aonde ninguém vai
O medo é como um laço que se aperta
Tienen miedo de encontrarse y miedo de no ser
Tienen miedo de decir y miedo de escuchar
Miedo que da miedo del miedo que da
Tenho medo de amarrar e medo de quebrar
Tenho medo de exigir e medo de deixar
Medo que dá medo do medo que dá
O medo é uma armadilha que pegou o amor
O medo é uma chave, que apagou a vida
O medo é uma brecha que fez crescer a dor
El miedo es una casa donde nadie va
El miedo es como un lazo que se apierta en nudo
El miedo es una fuerza que me impide andar
Medo de dobrar a esquina
Medo de ficar no escuro
De passar em branco, de cruzar a linha
Medo de se achar sozinho
De perder a rédea, a pose e o prumo
Medo de pedir arrego, medo de vagar sem rumo
O medo circulando nas veias
Ou em rota de colisão
O medo é do Deus ou do demo
É ordem ou é confusão
O medo é medonho, o medo domina
O medo é a medida da indecisão
Medo de encarar
Medo de calar a boca
Medo de escutar
Medo de passar a perna
Medo de cair
Medo de fazer de conta
Medo de dormir
Medo de se arrepender
Medo de deixar por fazer
Medo de se amargurar pelo que não se fez
Medo de perder a vez
Medo de morrer na praia depois de beber o mar
Medo... que dá medo do medo que dá
Medo... que dá medo do medo que dá
quinta-feira, 4 de março de 2010
carta de despedida

quarta-feira, 3 de março de 2010
sedução

terça-feira, 2 de março de 2010
re-conhecimento

"Coração mistura amores. Tudo cabe."